Na trilha de Van Gogh: Auvers-sur-Oise

Esse é um post que sempre quis fazer, caso tivesse eu um blog. Agora que tenho, cá está ele. É uma dica de turismo. :)

E é, acima de tudo, sobre Van Gogh, ícone da pintura pós-impressionista, que faleceu na miséria e sem nem sequer sonhar que sua obras seriam, um dia, algumas das mais celebradas e cobiçadas peças de arte da história. As inquietações e as doenças  físicas e mentais fizeram dele um andarilho no mundo: mudou-se dezenas de vezes - de casa, de cidade, de ideias, e viveu de favor por grande parte de sua vida. Fixando residências passageiras por Paris e inúmeros vilarejos franceses, foi em Auvers-sur-Oise - cidadezinha que fica há mais ou menos uma hora da capital francesa - que Van Gogh encontrou sua última - e definitiva - morada. 

Confesso que quando fui à Paris acompanhada pela minha irmã, não estava nos meus planos sair um milímetro fora do percurso das ruas parisienses (como perder um segundo longe destas ruas?), mas ela acabou me convencendo, no último dia, de que seria um passeio imperdível visitar a cidade onde está o túmulo do pintor. E eu não posso ser mais agradecida por ter embarcado na vontade dela. Na estação Gare du Nord, compramos em uma das máquinas os tickets para Auvers-sur-oise (coisa que custou no máximo uns 20 reais para cada uma!), e em 50 minutos - com direito à troca de trem que quase se tornou um desastre, já que não sabíamos direito onde descer - lá estávamos nós no que parecia ser uma viagem no tempo.

Com pouco mais de 10 mil habitantes, chegar em Auvers-sur-Oise é quase como adentrar um universo paralelo,  um quadro vivo do pintor holandês. O cenário bucólico e os campos amarelos à perder de vista que foram mote de alguns dos derradeiros e mais conhecidos quadros de Van Gogh estavam todos lá, in loco.




















Foi neste cenário que o artista viveu seus últimos dois meses de vida, para onde mudou-se sob a indicação do Dr. Paul Gachet - ele próprio um pintor frustrado que se nutria da força expressiva de Van Gogh - com  a esperança de curar a doença que lhe afligia. Mesmo com esta promessa, e com o amparo de amigos e do tão amado irmão Theodore, um de seus maiores incentivadores e mecenas, Vincent tirou a própria vida em 1890, fazendo da cidade um marco importante dentro das artes. Ao visitar o túmulo do pintor no modesto cemitério local,  o encontramos repousando justamente ao lado de Theodore Van Gogh, que faleceu apenas seis meses depois de saber da morte do irmão. Por conta dos forte laços que os uniam, Joanne - esposa de Theo - fez questão de enterrá-lo na cidade, próximo ao adorado pintor.
Uma vez em Paris, a visita é inesquecível e o local, um programa perfeito para passar uma tarde ou dia. Para conferir os horários e preços da viagem para Auvers-sur-oise, basta acessar o serviço de trem francês aqui. E para mais sobre o último porto de Van Gogh, o site oficial da cidade está aqui.

Comments
5 Responses to “Na trilha de Van Gogh: Auvers-sur-Oise”
  1. natalia says:

    Rê,
    dá vontade de ir correndo para lá! Deve ser tão emocionante ver os túmulos deles!
    Que bom saber que tu tem um blog :)

    beijão.

  2. Rê Peppl says:

    Guriannn, que bom que tu curtiu! Eu esperava que fosse um passeio bacana, mas não tanto quanto foi, é a coisa mais incrível desse mundo...
    e agora, tô tentando arrasar esse mundo bloguístico! Wish me luck! afff...;)

  3. Ludmila Z says:

    Rê,
    Que foto mais linda aquela tua no campo!
    Beijos
    Lud

  4. Rê Peppl says:

    Oi Lud! Sim guria, tu não tens noção do que é este campo...tirei várias fotos (bem camponesa! ahaha), me emocionei demais...tenho outras fotos dessas lá no face, dá uma olhada lá! bjo!

  5. Clarice says:

    Guria, teu blog tá muito profi, com os links pra páginas oficiais e tudo, ótimas dicas de passeios. Me deixa louca de vontade de voltar a viajar!!!! ADOREI!

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