Ozzy Osbourne é uma lenda. Seja por ter sido o front man de uma das grandes bandas de heavy metal da história, seja por ter sobrevivido a uma vida de abusos de drogas que provavelmente só encontra um rival à altura no colega de profissão Keith Richards, o cara é histórico. Por isso, não importa se o som do cara é o seu tipo de música ou não: quando anunciam que ele vai tocar de graça no Itunes Festival, o que você faz? Você vai, é claro!

Antes mesmo do show começar, todo mundo gritava freneticamente o nome do cara, quando pontualmente às 21h, uma chuva de raio lasers varreu a platéia e, eis que surge no palco o Ozzy - meio cambaleante, mas cheio de energia – berrando o que seria o seu grito de ordem por toda a noite: “Quero ver a #@$% das mãos de vocês para cima!”. A galera obedeceu de prontidão e ele não decepcionou a plateia. Cheio de disposição e com o gogó em dia, o Ozzy que se apresentou pouco lembrava o senhor sequelado que todo mundo aprendeu a adorar no seriado The Osbournes.
Andando de um lado para outro do palco e parecendo estar se divertindo muito com tudo, ele cantou uma lista de hits como Bark at the moon, Let me hear you scream, Mr. Crowley, I don´t know, Suicide Solution, Shot in the dark e Road to nowhere. Os sucessos eram intercalados por inúmeros momentos em que Ozzy muniu-se de baldes e mais baldes cheios de água para tocar na galera que, para meu espanto, brigavam com ardor para serem molhados pelo britânico.
Uma saída estratégica do palco para recuperar o fôlego deu espaço para a ótima banda que o acompanhava exibir sua capacidade, com destaque para o baterista que fez um solo para lá de alucinado de mais de cinco minutos, prontamente emendado com as primeiras batidas de Iron Man e Crazy Train, para delírio do público. Com o final do show se aproximando, mais uma saída estratégica abriu espaço para o bis, um verdadeiro enfileirado de clássicos: Mamma I`m Coming Home, I don´t want to change the world, War pigs e Paranoid.
